quinta-feira, 7 de julho de 2011

Hiperaldosteronismo Primário





Definição


Hiperaldosteronismo primário, também conhecido por síndrome de Conn, é uma doença caracterizada pela excessiva e prolongada secreção do hormônio aldosterona, podendo provocar as seguintes alterações:

- aumento do sódio corporal
- diminuição das concentrações de potássio

estrutura molecular da aldosterona


Tais alterações são responsáveis por causar alcalose (aumento do pH sanguíneo), elevação do volume do líquido intracelular e da pressão arterial.

Aspectos Clínicos


A doença foi caracterizada no ano de 1954 por Jerome Conn, que apresentou suas observações clínicas e denominou a síndrome com seu nome.




A causa mais comum (75% dos casos) de hiperaldosteronismo primário é um adenoma (tumor epitelial) que causa superprodução de aldosterona. Seu diagnóstico costuma se dar entre 30 a 50 anos de idade, e é mais frequente entre mulheres. É uma causa de hipertensão arterial sistêmica, sendo que estudos recentes estimam que 5 a 10% dos hipertensos apresenta a síndrome de Conn.

As complicações mais comuns que podem ocorrer na patogenia de tal doença são:

- acidentes vasculares encefálicos
- insuficiência renal
- infarto do miocárdio.

Seu diagnóstico se dá com a confirmação de altas concentrações de aldosterona e, simultaneamente, baixos níveis de atividade da renina.






O tratamento da síndrome inclui tentativa de correção do quadro de hipertensão arterial e mialgia (provocada pela baixa concentração de potássio sérico) e intervenção cirúrgica, sobretudo nos casos de adenoma. É rapidamente eficaz no aumento da concentração de potássio, entretanto pode demorar para recuperar o quadro hipertensivo e cerca de 30% dos pacientes permanecem com hipertensão arterial residual.

Bruno Fonseca
MED93


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:


- ACCETA, P. et al. Hiperaldosteronismo primário. Relato de dois casos. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões volume 37 nº4. Rio de Janeiro, 2010.
- PASSOS, V. Q. el al. Hiperaldosteronismo primário revisitado. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia volume 45 nº 3. São Paulo, 2001.

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