domingo, 10 de julho de 2011

Reabsorção de Sódio e Aldosterona


A ação básica da aldosteroa sobre as células tubulares é pouco compreendida atualmente, entretanto é bem conhecida a sequência de eventos na célula que levam ao aumento da reabsorção de sódio:
1.       As membranas celulares, por serem lipossolúveis, permitem fácil difusão da aldsterona para o interior das células epiteliais tubulares.





2.       Ocorre a ligação, no citoplasma, da aldosterona com um receptor proteico citoplasmático altamente específico. Tal receptor é uma proteína cuja estrutura terciária só permite se combinar com a molécula de aldosterona ou compostos muito semelhantes.


3.       O complexo formado (aldosterona-receptor ou produto dessa ligação) difunde-se para o núcleo da célula, onde pode sofrer maiores mudanças. Tais mudanças podem induzir uma ou mais porções do DNA a formar um ou mais tipos de RNA mensageiro cuja função se relaciona com o processo de transporte dos íons sódio e potássio.


4.       O RNA mensageiro difunde-se de volta ao citoplasma, onde age juntamete com ribossomos para promover síntese proteica. As proteínas sintetizadas são uma mistura de uma ou mais enzimas e proteínas transportadoras de membrana. Essas proteínas agirão em conjunto para promover o transporte de sódio, potássio e hidrogênio através da membrana da célula.




Um dos principais exemplos de enzimas produzidas é a adenosina trifosfatase sódio-potássio, que atua como parte principal da bomba de troca dos íons sódio e potássio nas membranas basolaterais das células tubulares renais. Há também proteínas que permitem a rápida de difusão de sódio do lúmen para o meio intracelular.

A aldosterona não possui, portanto, ação direta sobre o transporte de sódio. Sua atuação se deve a uma sequência de eventos celulares que levam á síntese de substâncias intracelulares específicas que promoverão o processo de transporte.

Bruno Fonseca
MED93

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

- GUYTON, A. C. et al. Tratado de Fisiologia Médica. ELSEVIER, 11ª ed. Rio de Janeiro, 2006.

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