sábado, 2 de julho de 2011

Síndrome de Addison

 A síndrome de Addison, ou insuficiência adrenal primária,  é caracterizada por uma baixa produção de hormônios do córtex das adrenais, sobretudo de glicocorticóides e de aldosterona. Estima-se que cerca de 1 a 4 pessoas entre cada 100.000 indivíduos tenham essa doença, que foi originalmente descrida pelo médico Thomas Addison, em 1849.  Geralmente essa baixa atividade das adrenais é consequência de outras complicações, como doenças autoimunes, tuberculose, HIV, infecções fúngicas, hemorragias, tumores na adrenal, entre outras.
Além, disso, pode haver também uma produção reduzida de ACTH , o hormônio responsável por estimular as adrenais, havendo, portanto, uma atividade reduzida dessas glândulas(esse quadro é conhecido como insuficiência adrenal secundária). 
É importante ressaltar também que pacientes que fazem uso medicamentoso de glucocorticóides por período prolongado podem apresentar sintomas semelhantes aos da doença de Addison caso os medicamentos sejam subitamente suspensos. Isso ocorre porque o fornecimento de glicocorticóide exógeno gera um feedback negativo na síntese endógena desse hormônio, levando a uma baixa atividade da adrenal. Assim, recomenda-se que haja uma retirada gradual desses medicamentos, de forma a se evitar posteriores complicações.
Os sintomas mais frequentes são: redução da pressão sanguínea e do ritmo cardíaco, hiperpigmentação da pele, diarréia crônica, fraqueza muscular, fadiga, perda de apetite, perda de peso, letargia, náusea, vômitos e vontade exagerada de ingerir sal.
A redução da pressão sanguínea e do ritmo cardíaco estão relacionadas a função que os glucocorticóides exercem no metabolismo do stress e a uma deficiência, ainda que em menor grau, na produção de aldosterona. Os glicocorticóides, como já explicitado, ajudam  a aumentar o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea em resposta a situações de stress. Já a aldosterona é responsável pelo balanço de sódio e potássio no corpo, sendo que a sua carência leva a baixas concentrações de sódio e altas concentrações de potássio no sangue. O sódio é o grande regulador da pressão sanguínea, estimulando a retenção de água e o aumento da pressão. Assim, baixas concentrações de sódio devido a uma carência em aldosterona levam a uma queda na pressão. A queda nos níveis de sódio justifica também a vontade exagerada de ingerir sal.
Como o cortisol atua também no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas, estimulando a gliconeogênese e  a formação de estoques de gordura a longo prazo, sua carência pode levar a uma perda de peso não intencional. 
Geralmente, o tratamento da doença de Addison é feito por meio de reposição hormonal, de forma que o paciente recupere os efeitos desejáveis desses hormônios. No entanto, a longo prazo, o tratamento deve englobar também a doença causadora da insuficiência adrenal.
   Aqui uma hiperpigmentação da gengiva, um sintoma típico da doença de Addison

Por Daniela Frank de Albuquerque
 Referências bibliográficas:
http://bodyandhealth.canada.com/condition_info_details.asp?disease_id=331
http://www.mayoclinic.com/health/addisons-disease/DS00361
http://www.medicinenet.com/addison_disease/article.htm





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